Por Gustavo Tenório.
Sabe aquele grande jogador que a sua idade não lhe permitiu ver em campo? Aquele que se origina de uma pergunta natural a ser feita a seu pai: “qual foi o maior jogador que o senhor viu jogar?”. Meu velho nasceu em 1964, num pequeno povoado de Japoatã chamado Poxim. Aos 11 anos de idade, mudou-se para Aracaju, em 1976, às vésperas dos seus 12 anos. Morou ora no Getúlio Vargas, ora no Siqueira Campos. Desde os tempos de roça acompanhava o Gipão no bom e velho radinho, essa invenção que conectou o Brasil aos Brasis profundos, muitos deles esquecidos.
Meu pai chegou ao Batistão em tempos em que o nosso rival se sagrou campeão, sendo sucedido por uma sequência fatigante de títulos do Itabaiana. Era o final da década de 1970. O Itabaiana conquistou um penta campeonato ininterrupto de 1978 a 1982 (dividindo este último conosco), dois deles sobre o Vermelhinho. O cenário não era nada bom. “Havia um centroavante muito bom no Gipão: Dão! Mas não conseguiu conquistar nada com o Sergipe”, costuma me dizer num tom frustrado.