No embalo da conquista
do Campeonato Sergipano do Centenário, o Almanaque do Gipão
relembra uma das mais marcantes conquistas dO Mais Querido: o
Estadual de 1991, o primeiro da série do Hexa.
Épocas
de vacas magras não são incomuns nos grandes clubes do futebol
brasileiro. O Club Sportivo Sergipe em sua história centenária não
fugiu dessa risca. Durante o final da década de 1980, o Vermelhinho
não apresentava uma situação que favorecesse grandes investimentos
em contratações badaladas, o que fez os seus dirigentes
priorizassem as categorias de base do clube. A fórmula por pouco não
resultou na conquista do campeonato de 1988, para alguns não
alcançada devido à lesão da revelação Baianinho na reta final do
certame. No ano seguinte, com a base de jovens atletas liderada pelo
experiente artilheiro Celso Mendes, o Sergipe levantou a taça de
campeão de 1989.
Muitos
acreditavam que o primoroso trabalho de base, sob os devidos cuidados
do saudoso Geraldo Oliveira, encaixaria a sequência no ano seguinte.
Infelizmente, as ambições coloradas não foram concretizadas, ao
passo de pairar novamente dúvidas e descrenças no Mundão do João
Hora. Com o maior rival despontando como favorito ao bicampeonato, o
Sergipe realizou uma tímida preparação para o Sergipano de 1991,
acreditando mais uma vez na manutenção das jovens promessas. Apesar
da empolgante goleada por 5 a 0 sobre o União de Propriá na
estreia, o time comandado pelo técnico Mitermayer Chagas não venceu
o primeiro turno e o quadrangular do estadual, os quais foram
vencidos pela equipe do Bairro Industrial, e após uma derrota para o
Lagarto, a crise se intensificou no João Hora, a qual culminou na
queda do treinador.