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quarta-feira, 22 de abril de 2020

Arquibancada: substantivo feminino

Nas arquibancadas do Batistão, é possível identificar uma bandeira peculiar, que registra uma torcedora colorada solitária, em meio a várias bandeiras hasteadas por homens. Com os dizeres "Comando Feminino", a bandeira chama a atenção tanto quanto a presença de mulheres na bateria da Torcida Esquadrão Colorado (TEC). Função tradicionalmente exercida por homens, tocar na bateria é um cargo de luxo, e muitas torcidas organizadas ainda proíbem mulheres nesse posto. O Comando Feminino conquistou esse e outros espaços na maior torcida organizada do time sergipano.
Por Beatriz Barreto 

(Reprodução: Facebook)

Sabemos que poucos universos são tão excludentes quanto o do futebol. Apesar de proclamado “esporte do povo”, o futebol ainda carrega suas raízes extremamente machista, homofóbica e elitista. Nesse contexto, aqueles que têm sido, historicamente, excluídos do símbolo nacional, procuram brechas nessa estrutura já tão consolidada. Subtraídas em todos os níveis, as mulheres têm buscado alguma equidade em campo, e as torcidas organizadas femininas são um exemplo disso, tornando-se uma nova tendência em diversos times do país.

Manifestação das torcedoras do Comando Feminino da TEC
 em um Clássico de 2020 ( Reprodução Facebook)

quarta-feira, 5 de junho de 2019

O protagonismo rubro para além de um século

Por Davi Tenório


            Uma instituição que atravessa 110 anos exercendo relevante papel sócio-cultural jamais morrerá. Há mais de um século, o Club Sportivo Sergipe presencia as diversas manifestações do cotidiano do nosso estado, seja na esfera esportiva, na social, na cultural e na política. O Sergipe não esteve em uma posição passiva: foi pioneiro e atuante, moldando-se e ligando-se às novidades e às necessidades de cada período histórico. Esta característica, mais do que nunca, deve ser posta em ação no difícil presente, observando e, sobretudo, respeitando os exemplos da sua grande história.

(Foto: Davi Tenório)

           
Em uma época na qual a pacata província se deparava com as instigantes novidades vindas de fora, jovens idealistas sonharam com a implementação de uma cultura social e esportiva vista nos grandes centros do país, porém com uma identidade genuinamente sergipana. A princípio, lançaram-se sobre as águas do rio que não só nos banha, mas que batiza os filhos desta terra. Nesta fase, ainda havia muito caminho a ser percorrido, além de barreiras a serem ultrapassadas. Uma instituição que almeja ser longeva e inserida na sociedade precisa se abrir a ela. Assim, esses jovens visionários cederam aos apelos de um esporte que se popularizava em campos improvisados da cidade. Já no primeiro contato com o futebol, contamos com a bravura e o talento de nomes como Roque, atleta negro e simples “contínuo” (o “office-boy” dos nossos tempos) do Banco do Brasil, que nos honrou não só com o primeiro gol da História Rubra, mas como nosso primeiro ídolo e artilheiro[1] [2].

quarta-feira, 6 de março de 2019

Revista Gigante Rubro - 1977

Saudações rubras! O Almanaque do Gipão finalmente irá compartilhar com a grande massa colorada uma incrível relíquia do torcedor Luiz Alves, de 34 anos e natural de Aracaju. Na verdade, são sete relíquias incríveis que ele herdou de seu saudoso avô, o Senhor Francisco Alves Rocha, um grande torcedor apaixonado pelo nosso Gipão! Trata-se dos fascículos do "carnet" (como era a grafia da época) do Gigante Rubro, todos do ano de 1977. 


Exemplares das revistas Gigante Rubro do acervo de Luiz Alvez, herança do seu avô Senhor Francisco Alves Rocha

segunda-feira, 23 de abril de 2018

DONA GISÉLIA 1X0 RESTO DO MUNDO



Existe um indiscutível patrimônio imaterial do Club Sportivo Sergipe: Dona Gisélia! Mas imaterial!? Sim, por suposto! Não se trata de mais uma espécime de homo sapiens sapiens rubrus. É muito mais do que isso.
Foi um dia chuvoso o da estreia do Gipão no campeonato brasileiro da série D 2018. Aquele dia digno de ficar em casa tomando um cafezinho e lendo um livro, ou fazendo qualquer outra coisa que desse na telha – mas que fosse dentro de casa, claro. Não para Dona Gisélia e um milhar de torcedores irredutíveis que empurraram o Vermelhinho em mais uma partida.



Aliás, Dona Gisélia recusou-se a sentar sob a marquise das cadeiras vermelhas para se proteger da chuva. Sua fidelidade, diga-se, não é feita de açúcar. Ficou no mesmo lugar onde costumeiramente assiste aos jogos do seu grande amor, ali entre os setores 02 e 03. Confesso que me espremi na cobertura do meio do campo – em minha defesa, uma crise asmática ainda assolava meus pobres pulmões (juro!).

  E o Sergipe, heim!? Por Gustavo Tenório Num sábado qualquer, em um povoado de Japoatã, durante uma confraternização familiar, me deparei...