Existe
um indiscutível patrimônio imaterial do Club Sportivo Sergipe: Dona
Gisélia! Mas imaterial!? Sim, por suposto! Não se trata de mais uma
espécime de homo sapiens sapiens rubrus. É muito mais do que isso.
Foi
um dia chuvoso o da estreia do Gipão no campeonato brasileiro da
série D 2018. Aquele dia digno de ficar em casa tomando um cafezinho
e lendo um livro, ou fazendo qualquer outra coisa que desse na telha
– mas que fosse dentro de casa, claro. Não para Dona Gisélia e um
milhar de torcedores irredutíveis que empurraram o Vermelhinho em
mais uma partida.
Aliás,
Dona Gisélia recusou-se a sentar sob a marquise das cadeiras
vermelhas para se proteger da chuva. Sua fidelidade, diga-se, não é
feita de açúcar. Ficou no mesmo lugar onde costumeiramente assiste
aos jogos do seu grande amor, ali entre os setores 02 e 03. Confesso
que me espremi na cobertura do meio do campo – em minha defesa, uma
crise asmática ainda assolava meus pobres pulmões (juro!).