quinta-feira, 23 de setembro de 2021

ALMANAQUE FALANDO PARA A NAÇÃO RUBRA

MANIFESTO DE ADESÃO DO ALMANAQUE DO GIPÃO À BANCADA RUBRA 

O Club Sportivo Sergipe é uma instituição centenária que sempre atuou como protagonista na história do esporte sergipano. Ao longo desses quase cento e doze anos, o Mais Querido atravessou momentos de glórias, de crises e de reinvenções sempre ao lado da sua torcida.

Estivemos sempre na vanguarda do esporte em nosso estado. Não apenas implementamos a cultura esportiva em nossa terra, como também a apresentamos ao país. Quando o esporte deixou de ser privilégio de poucos, abrimos as nossas portas para as mais diversas classes sociais. Com esse espírito conquistamos a maior quantidade de troféus, erguemos a nossa casa, vencemos grandes adversários, assim como alcançamos grandes marcas em nível regional e também nacional.

A Massa Rubra celebra a conquista do Sergipano de 1961. Na foto, o então presidente da FSD, Robério Garcia, grande responsável pela profissionalização do futebol sergipano e futuro presidente do Sergipe, entrega a taça de campeão para Zoroastro Rodrigues, lendário dirigente rubro desde os anos 30 que aglutinou velhas e novas forças para revitalizar o Club Sportivo Sergipe. (Colorização: Davi Tenório/Almanaque do Gipão)


Ocorre que nem sempre nos mantivemos em estabilidade. Não há longeva instituição que não atravesse percalços. Em 1958, membros do clube chegaram a propor o nosso “fechamento”. Coube a Zoroastro Rodrigues a tarefa de aumentar a quantidade de sócios, de agregar novas forças e de oxigenar o Vermelhinho[1][2]. Em pouco tempo, o Sergipe voltou a formar grandes equipes, a participar das principais decisões da nossa terra (como a implementação do profissionalismo no futebol sergipano), a conquistar títulos e a proporcionar grandes festas nas gerais e nas arquibancadas.

Nos últimos anos, a nossa torcida assistiu várias trocas de comandos em nosso clube. Dirigentes que assumiam e por turbulências internas renunciavam. Consequentemente, perdemos precioso tempo para construir novas estruturas que pudessem ser complementadas por novas gestões. A cada ano retornávamos à estaca zero. Talvez tenha faltado um ambiente favorável a debates, a construção de novos projetos e a profissionalização do nosso clube, conforme exigem os tempos atuais.

Não estamos à procura de um salvador da pátria. É verdade que grandes lideranças foram fundamentais na história do clube e seus legados são até hoje visíveis. A História Rubra sempre reconhecerá os abnegados rubros que contribuíram para o clube. Além disso, sempre será bem-vindo todo apaixonado pelo Mais Querido que possa elevar a nossa instituição.

Acontece que o futebol de hoje exige novas posturas. É necessário que haja um trabalho profissional e transparente. Já diria um grande dirigente rubro: “o futebol é um brinquedo caro”. Por isso, é necessário que o clube possa andar com suas próprias pernas. Nesse sentido, saudamos a atual gestão, a qual finalmente completa um ciclo apresentando um sério trabalho administrativo com bons resultados dentro e fora de campo, mas que ainda é incipiente e que precisa ser sempre aprimorado e expandido em várias frentes.

Aproveitando esse ambiente promissor, decidimos participar da formação do Coletivo Bancada Rubra com o intuito de trabalharmos pela “reinvenção” do nosso Sergipe a partir da sua identidade: um clube de vanguarda composto pela sua imensa torcida. Torcida essa que não só empurra o time nas arquibancadas, mas que abraça o clube e não se contenta com pouco. É uma torcida que entende a necessidade de transparência e de prestações de contas, o que gera a atração de investimentos e a proteção de seu patrimônio. E, acima de tudo, é uma torcida que não aceita ser passiva, pois é ela a fonte das nossas glórias e das nossas superações.

Desse modo, o Almanaque do Gipão, através de seus administradores Davi Tenório e Gustavo Tenório, adere a esse coletivo democrático e popular com a intenção de colaborar com o desenvolvimento e a expansão do Club Sportivo Sergipe.

Mãos que ajudaram a recuperar as arquibancadas do João Hora. 




[1] VIANA FILHO, F. A . Crônica Esportiva. Aracaju: Universidade Tiradentes, 2014. p. 24.

[2] A Gazeta de Sergipe, edição de 09.08.1959.

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