quarta-feira, 17 de outubro de 2018

HÁ 15 ANOS O SERGIPE CONQUISTAVA O CAMPEONATO SERGIPANO DE 2003, O 32º ESTADUAL DA SUA RICA GALERIA DE TROFÉUS!


O Club Sportivo Sergipe completa 109 anos nesta quarta-feira, dia 17 de outubro de 2018, data especial para o futebol sergipano e para toda a nação colorado. Aproveitamos para relembrar uma das conquistas da sua rica galeria de troféus: o título de campeão sergipano de 2003, a 32ª conquista estadual.

Por Davi Tenório


Havia muitas expectativas dos clubes sergipanos em torno do Campeonato Sergipano de 2003, enquanto o rival do Bairro Industrial buscava o seu inédito tricampeonato, o Sergipe se reforçava para retomar o protagonismo exercido nos anos 1990, em que o clube conquistou 8 títulos estaduais, com o retorno de nomes consagrados na história do clube como o artilheiro Pedro Costa e o técnico Maurício Simões.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Sergipe x Cotinguiba e o surgimento do Clássico Vovô

Time do Sergipe que enfrentou o Cotinguiba no primeiro Clássico Vovô em 1916. (Créditos: Globoesporte)
                                                                                                     Por Milton Filho

 Fundados como co-irmãos em outubro de 1909, Sergipe e Cotinguiba nutriram desde muito cedo uma rivalidade no desporto sergipano. Muito antes do Confiança, era o Tubarão da Praia que tinha o posto de principal adversário do Gipão nos certames locais. Fato é que nem sempre o mais velhos saem por cima. Fundado em 10 de outubro daquele ano, o então Cotinguiba Sport Club é até hoje a agremiação mais velha do esporte local que ainda está em funcionamento. O Club Sportivo Sergipe viria ao mundo cerca de uma semana depois, já no dia 17 de outubro. Ambos os clubes que foram fundados para a prática do remo, e que levavam o nome dos importantes rios sergipanos, viriam a rivalizar anos depois no futebol. Assim projetando o esporte para os aracajuanos.

 Mas nem tudo foram flores. A implantação do esporte bretão só se deu nos clubes por causa do Almirante Aminthas Jorge. O esporte bretão não era bem quisto pelos dirigentes por ser visto como algo para desocupados. Ainda assim, em 1916, o almirante conseguiu numa reunião convencer o presidente do Cotinguiba, Godofredo Menezes, e do Sergipe, Euclides Porto a estabelecerem o futebol nos quadros de suas agremiações. E assim foi feito. Porém, a prática esporte ficava restrito aos sócios dos clubes. No início, ambas as agremiações formaram um combinado que derrotou o Sergipe F.C. de Propriá por 4 a 0, no recente campo da Praça Pinheiro de Machado, sendo esta a primeira partida organizada no estado seguindo as normas legais do esporte.

 Acontece que um troféu seria dado ao vencedor do confronto. E como venceu a 'Seleção de Aracaju', criou-se a dúvida de qual time ficaria com a taça. Sendo assim, Sergipe e Cotinguiba tiveram de decidir no campo a qual time o Troféu Ao Preço Fixo iria pertencer. Desta forma, no domingo de 10 de dezembro de 1916, Sergipe e Cotinguiba disputaram o primeiro Clássico Vovô. Na ocasião, o Colorado foi ao campo de jogo com a seguinte formação: Alonso; Cravo e Oliveira; Constâncio Vieira, Lauro e Rolinha; Josué, Vitor, Moraes, Roque e Mendes. Já o Cotinguiba entrou com: Alexandre; Alberto e Travassos; Bessa, Godofredo e Eduardo; Clóvis, Nelson, Chaves, Valdemar e Paulo.

 Na mesma Praça Pinheiro de Machado de outrora, sob a arbitragem de Edgard Magalhães, o Gipão estreou o marcador do clássico com gol de Roque. Sofreu a adversidade da virada, com dois gols de Godofredo, que marcara de pênalti e falta - bola parada não era o forte do vermelhinho -. O mesmo Roque não ficou por menos e estufou as redes mais uma vez, agora marcando tento de cabeça. Já com cerca de quinze minutos para o término do confronto, Clóvis marca contra a própria meta e decreta o placar final. Sergipe 3 x 2 Cotinguiba.

 Assim como venceu o primeiro Clássico Náutico diante do Cotinguiba nas regatas em 1910, o Sergipe vencia a partida de estreia do clássico no futebol, selando mais uma vitória diante do arquirrival. Contribuindo assim para os versos do seu futuro hino: "O Sergipe no esporte na história/Nas pelejas da terra e do mar".

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Em uma final repleta de cenas lamentáveis, com direito a presidente mordido por cão policial, o Sergipe conquistou o 2º Turno do Sergipano de 2000.



            No dia 30 de julho de 2000, Sergipe e Lagartense se enfrentaram em busca da Taça Estado de Sergipe, equivalente ao 2º turno do estadual daquele ano. As duas equipes haviam empatado por 0 a 0 na primeira partida ocorrida na cidade de Lagarto. O vencedor não só garantiria uma vaga na grande decisão do Campeonato Sergipano, como também levaria vantagem na finalíssima.

Aílton marcou o polêmico gol para o Sergipe (Foto: Edinah Mary)
Por Davi Tenório


           
A diretoria rubra havia instigado a massa colorada com ingressos com preços reduzidos, com apenas R$2,00 o torcedor rubro garantia seu lugar no João Hora, algo inimaginável nos dias atuais em que o futebol se tornou uma “brincadeira cara”. Além disso, a torcida do Lagartense prometia invadir o Batistão com onze ônibus saindo do interior rumo ao Mundão do Siqueira. Tudo indicava um grande espetáculo para aquela tarde de domingo.

sábado, 14 de julho de 2018

A MARCA RUBRA


Foto: José Maria Marques


Por Gustavo Tenório


É curioso como ao me deparar com um cidadão vestindo uma camisa do Sergipe na rua me faz parar para cumprimenta-lo ou, em dias mais corridos e cheios de pressa, lançar-lhe uma enfática e amistosa saudação colorada. Percebo, também, que sou da mesma forma saudado quando estou trajado com o manto rubro, seja na rua ou em qualquer outro lugar da cidade. Mais curiosa ainda é a carga identitária e de pertencimento que essas (aparentemente) simples interações cotidianas representam.
Numa realidade em que há um frio afastamento entre os cidadãos – você conhece todos os seus vizinhos de condomínio ou os vizinhos “emurados” da sua rua? –, uma camisa do Gipão acaba aproximando desconhecidos da forma mais vivaz. O tempo atual insiste em nos afastar cada vez mais das ruas e do sentimento comunitário. Chega-se ao ponto de não se ouvir um “Bom dia!”, um “Boa tarde!” ou um “Boa noite!” na maioria das calçadas da cidade. Às vezes até acabamos num triste e curto monólogo urbano – é até melancólico um “Bom dia!” sem retorno.
Uma camisa do Gipão faz abrir sorrisos, apertar as mãos e dar tapas cordiais em ombros desconhecidos. “E o Gipão?”, geralmente é assim que se inicia o contato. Se for complicado atravessar a rua ou se a pressa se fizer enfática, um brado de “BORA, GIPÃO!” ou de “GIPÃO CAMPEÃO” chegará aos nossos ouvidos driblando carros e transeuntes. E buzinas! Buzinas animadas e alegremente ritmadas. O indivíduo rubro tem um quê festivo, de saudações calorosas. Esses são momentos que tornam a cidade novamente nossa, mais íntima. Fazemo-nos pertencidos, enfim, a um lugar comum, entre indivíduos com uma história e um sentimento também comuns. Seria uma espécie de sociologia rubra? Uma psicologia social rubra? Uma cultura rubra? Será que dá para explicar? É tudo isso e mais um pouco.
Ora, o futebol é um incontestável fator social de reconhecimento e auto-reconhecimento entre os cidadãos. Ouso dizer que o Sergipe consegue intensificar essa relação. Tem coisa mais extasiante que encontrar alguém vestido com uma camisa do Gipão em outro estado ou em outro país? Ou ver bandeiras rubras estendidas nos estádios da copa ou de outras competições internacionais? É como se estivéssemos lá também. Aliás, é como se o mundo fosse nosso. E de fato o é.

sábado, 23 de junho de 2018

MARA GRINBERG: UM ROMENO COM AS CORES DO CLUB SPORTIVO SERGIPE


Aproveitamos o clima da Copa do Mundo na Rússia para resgatar a história de Mára Grinberg, o primeiro, e talvez único, jogador do Leste Europeu a vestir o manto rubro


Sport Ilustrado, n.259, 1943

Por Davi Tenório


É possível dar a volta ao mundo com a bola nos pés. No futebol, não faltam jogadores que são verdadeiros ciganos da bola, que colecionam passagens e gols por diversos clubes das mais variadas cidades do Brasil, como o folclórico artilheiro Túlio Maravilha, e do Mundo, caso mais recente do uruguaio Loco Abreu. Geralmente, a peregrinação por diversos times é visto como uma afronta a um esporte que transpira paixão e fidelidade. Por vezes, há simplesmente a necessidade e a inquietude de quem tem várias histórias a se viver.
O futebol por diversas ocasiões é um meio de ascensão social dos marginalizados de nossa sociedade. A plasticidade do drible entorta os mais intransponíveis adversários, seja o preconceito, a fome e a guerra. Uma simples pelota foi capaz de parar por um momento o primeiro conflito bélico mundial do século XX. Também foi pelo jogo que inúmeros refugiados apresentaram jogadas com os pés para construir uma nova vida. Atualmente, quase ninguém conhece a história de um desses ciganos da bola que percorreu milhares de quilômetros até se estabelecer no Nordeste do Brasil. Trata-se de Màra Grinberg, oriundo da região da Bessarábia na Romênia, que desfilou pelas canchas de clubes nordestinos, dentre eles o Club Sportivo Sergipe.

sábado, 16 de junho de 2018

QUANDO A POEIRA BAIXOU...




Hoje é sábado. Deveria estar na arquibancada gritando cantos de motivação e paixão ou num silencioso apreensivo a contar os segundos para o apito final de um jogo do Sergipe. Mas estou eu aqui diante da tela de meu notebook a teclar estas palavras melancólicas.
Caiu uma baita chuva nessa tarde de junho aracajuana – nada espantoso, diga-se. Isso não seria motivo para deixar de ir ao Batistão. Levei alguns pingos de chuva nesta temporada, principalmente na Série D – em alguns outros jogos do estadual também, se não me falha a memória. Haveria a proteção da marquise das arquibancadas do meio do estádio para quem se importa ou se um dilúvio precipitasse em nossas cabeças.
Como havia dito, estou em casa. Não estou no Batistão. Tampouco há jogo do Sergipe hoje. Aliás, até o ano que vem não haverá jogo do Gipão. Espantoso? Sempre o é, por mais que o filme venha se repetindo nos últimos anos – seria alguma espécie de maldição? Uma tragédia rubra.
Da glória à frustração. Após um título memorável – e não menos improvável –, a ânsia pelo acesso de divisão era justificada. Estávamos todos muito confiantes, ainda que uma breve turbulência, às vésperas da competição, houvesse causado certo lampejo de incredulidade em um torcedor ou outro. Mas o Sergipe não é para principiantes: o cidadão rubro é calejado; fez-se, faz-se, fazer-se-á moldado por todas as nuanças entre a glória e a tragédia. Ser torcedor do Sergipe tem um quê de classicismo, o que nos dá uma intensidade digna de um personagem de Sófocles ou de Eurípedes, só para citar alguns. De um gol aos 47 minutos do segundo tempo a uma eliminação em casa, as arquibancadas do Batistão presenciaram todo o sentimento do mundo num espaço de mais ou menos um mês. Após o último jogo, no sábado anterior, recusei-me bater nas teclas deste teclado. Preferi me dirigir a um bar a fim de beber a amargura do resultado, enquanto tentava desvelar os erros que percebi. A ressaca no outro dia foi homérica.
Enfim, cá estou eu vestido em uma camisa rubra – uma branca, para ser mais fiel aos fatos – lamentando a campanha do meu time e o fato de não poder ir mais apoiá-lo nas arquibancadas. Tudo isso enquanto acontece jogos da copa do mundo. Mas, afinal, o que é a copa do mundo diante do time do meu coração?


quinta-feira, 31 de maio de 2018

HENÁGIO, O CRAQUE ETERNO


Por Gustavo Tenório.

Sabe aquele grande jogador que a sua idade não lhe permitiu ver em campo? Aquele que se origina de uma pergunta natural a ser feita a seu pai: “qual foi o maior jogador que o senhor viu jogar?”. Meu velho nasceu em 1964, num pequeno povoado de Japoatã chamado Poxim. Aos 11 anos de idade, mudou-se para Aracaju, em 1976, às vésperas dos seus 12 anos. Morou ora no Getúlio Vargas, ora no Siqueira Campos. Desde os tempos de roça acompanhava o Gipão no bom e velho radinho, essa invenção que conectou o Brasil aos Brasis profundos, muitos deles esquecidos.

Meu pai chegou ao Batistão em tempos em que o nosso rival se sagrou campeão, sendo sucedido por uma sequência fatigante de títulos do Itabaiana. Era o final da década de 1970. O Itabaiana conquistou um penta campeonato ininterrupto de 1978 a 1982 (dividindo este último conosco), dois deles sobre o Vermelhinho. O cenário não era nada bom. “Havia um centroavante muito bom no Gipão: Dão! Mas não conseguiu conquistar nada com o Sergipe”, costuma me dizer num tom frustrado.

sábado, 26 de maio de 2018

HÁ 5 ANOS O SERGIPE CONQUISTAVA SEU 33º CAMPEONATO SERGIPANO DIANTE DO RIVER PLATE DE CARMÓPOLIS EM UMA FINAL ÉPICA.

Por Davi Tenório

9 anos, 9 meses e 16 dias. O martírio da torcida colorada não parecia acabar. 180 minutos que poderiam dar fim a uma das páginas mais angustiantes da história rubra. O clube mais tradicional do futebol sergipano enfrentava um longo jejum de títulos, o qual foi interrompido de forma dramática aos 45 minutos do segundo tempo pelos pés de Carlinhos.
O torcedor colorado que acompanhou ao longo da década de 1990 a conquista do hexa e as campanhas de destaque na Série B não poderia imaginar o declínio do futebol sergipano e do clube mais tradicional do estado na década seguinte. Infelizmente, o Sergipe não havia se atualizado conforme o esporte mais popular do mundo ganhava novas roupagens. Consequentemente, o alvirrubro realizou pífias campanhas ao longo da década de 2000, as quais culminaram no longo jejum só interrompido no ano de 2013.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

VIVA O DIABINHO! VIVA WELLINGTON ELIAS!


Por Gustavo Tenório.

Neste 21 de maio de 2018, um dos maiores cronistas da história do jornalismo sergipano celebra seus 91 anos de idade. Ilustre torcedor rubro, conhecido pelo apelido “Diabinho”, Wellington Elias da Paixão merece o nosso carinho e os votos de muita saúde e de imensa alegria nesta data. Sua escrita elegante e sua sensibilidade intelectual fez e continua fazendo escola junto aos cronistas do estado – inclusive a este que vos fala! Mas suas crônicas vão muito além do esporte. Foi muito famoso um quadro, nas décadas de 1950 e 1960, chamado “Uma crônica para você!”, em que os mais prestigiados radialistas sergipanos liam os belíssimos textos do Sr. Wellington. Aliás, uma vez ao ser perguntado sobre qual voz que mais gostava que lesse suas crônicas na “radja”, o Diabinho, sem titubear, confessou: “Reinaldo Moura. Ele tem um belo timbre”, disse-me com uma expressão nostálgica em sua face.

sábado, 19 de maio de 2018

QUEREMOS OBINA!


Foto: José Maria/Bruno Cerqueira
Por Gustavo Tenório.

O nome dele é Obina. Nome de batismo. Batismo rubro, lógico! Um ritual centenário que acontece no Batistão. Ei-lo com o seu manto rubro a encantar a fiel torcida do Gipão!
No jogo contra a equipe do Central de Caruaru, nesta tarde de sábado, dia 19 de maio, pela penúltima rodada da fase de grupos do Brasileirão Serie D 2018, o garoto, que é cria da Base do Sergipe, encantou a massa rubra. É verdade que não foi sua primeira atuação, nem a primeira vez que nos encheu os olhos. Mas nessa partida deu gosto de vê-lo jogar!

quinta-feira, 17 de maio de 2018

A incrível goleada de 8 a 4 diante do Vitória

Manchete do jornal Folha da Manhã um dia após o jogo.

                                                                                             Por Milton Filho.

 Muitas goleadas (recentes) marcaram a história do Club Sportivo Sergipe e a memória do torcedor colorado. Algumas delas porém, aconteceram muito antes do alcance que tem a memória dos rubros torcedores de longa data. Entre elas, um primoroso 8 a 4 em cima do Esporte Clube Vitória no ano de 1942. Numa excursão do time baiano ao estado sergipano, somente o Gipão foi capaz de vencê-los, justo no jogo da despedida.

domingo, 13 de maio de 2018

Ganhar, empatar e... perder. Fazer o quê?



Por Gustavo Tenório.


Perder é algo ruim. Óbvio. Em meus devaneios futebolísticos fico fantasiando um Sergipe invencível. Pelo menos por uma temporada ou, até mesmo, em um campeonato apenas. Não perderíamos. O pior que nos aconteceria seria um empate xoxo por 0x0 ou um frustrante 1x1 – com o adversário empatando naquele minuto final dos acréscimos.

Perder é realmente um saco. Se eu pudesse... o Gipão não perderia nunca. Contrataria o Messi, o Cristiano, uma zaga italiana, um treinador retranqueiro e um goleiro intransponível. Ou talvez algum bruxo que encantasse a bola a nosso favor. Seria no dia em que o Bill Gates morresse e o mundo, imediatamente, descobriria que o seu único herdeiro sou eu. Imaginem só!

Perdemos. A derrota tem sempre um gosto amargo. Não jogamos bem. O ataque não funcionou, como tampouco a defesa. Até eu não torci direito – isso depois de alguns copos de cerveja e algumas tiras de carne de churrasco. Estávamos todos num péssimo astral. O jogo às 15:00 horas, sob um sol escaldante, entre o agreste e o sertão baiano, não é mole. Queria pôr a culpa na camisa errada que eu estava usando, mas lembrei que não acredito mais em superstições.

O time perdeu. Foi a primeira derrota no campeonato. Estávamos invictos até o momento. Foram duas vitórias e um empate. Agora uma derrota. Apenas uma. O domingo parece que anoitece sempre mais tedioso quando o Sergipe perde. Para recordar: Jacuipense é o nome do time que jogou água no meu chopp. Time desagradável. Só porque o vencemos na rodada anterior? Por que tanto rancor?

Perder faz parte. Para o meu consolo, o Barcelona perdeu hoje para um tal de Levante. Perdeu não só o jogo como a invencibilidade no campeonato. Se até nós perdemos, por que não eles também!? Enfim, bola pra frente. Avante, Rubro!

segunda-feira, 23 de abril de 2018

DONA GISÉLIA 1X0 RESTO DO MUNDO



Existe um indiscutível patrimônio imaterial do Club Sportivo Sergipe: Dona Gisélia! Mas imaterial!? Sim, por suposto! Não se trata de mais uma espécime de homo sapiens sapiens rubrus. É muito mais do que isso.
Foi um dia chuvoso o da estreia do Gipão no campeonato brasileiro da série D 2018. Aquele dia digno de ficar em casa tomando um cafezinho e lendo um livro, ou fazendo qualquer outra coisa que desse na telha – mas que fosse dentro de casa, claro. Não para Dona Gisélia e um milhar de torcedores irredutíveis que empurraram o Vermelhinho em mais uma partida.



Aliás, Dona Gisélia recusou-se a sentar sob a marquise das cadeiras vermelhas para se proteger da chuva. Sua fidelidade, diga-se, não é feita de açúcar. Ficou no mesmo lugar onde costumeiramente assiste aos jogos do seu grande amor, ali entre os setores 02 e 03. Confesso que me espremi na cobertura do meio do campo – em minha defesa, uma crise asmática ainda assolava meus pobres pulmões (juro!).

domingo, 22 de abril de 2018

No início menosprezado, no desfecho celebrado. O primeiro passo para o Hexa.



No embalo da conquista do Campeonato Sergipano do Centenário, o Almanaque do Gipão relembra uma das mais marcantes conquistas dO Mais Querido: o Estadual de 1991, o primeiro da série do Hexa.




Épocas de vacas magras não são incomuns nos grandes clubes do futebol brasileiro. O Club Sportivo Sergipe em sua história centenária não fugiu dessa risca. Durante o final da década de 1980, o Vermelhinho não apresentava uma situação que favorecesse grandes investimentos em contratações badaladas, o que fez os seus dirigentes priorizassem as categorias de base do clube. A fórmula por pouco não resultou na conquista do campeonato de 1988, para alguns não alcançada devido à lesão da revelação Baianinho na reta final do certame. No ano seguinte, com a base de jovens atletas liderada pelo experiente artilheiro Celso Mendes, o Sergipe levantou a taça de campeão de 1989.
Muitos acreditavam que o primoroso trabalho de base, sob os devidos cuidados do saudoso Geraldo Oliveira, encaixaria a sequência no ano seguinte. Infelizmente, as ambições coloradas não foram concretizadas, ao passo de pairar novamente dúvidas e descrenças no Mundão do João Hora. Com o maior rival despontando como favorito ao bicampeonato, o Sergipe realizou uma tímida preparação para o Sergipano de 1991, acreditando mais uma vez na manutenção das jovens promessas. Apesar da empolgante goleada por 5 a 0 sobre o União de Propriá na estreia, o time comandado pelo técnico Mitermayer Chagas não venceu o primeiro turno e o quadrangular do estadual, os quais foram vencidos pela equipe do Bairro Industrial, e após uma derrota para o Lagarto, a crise se intensificou no João Hora, a qual culminou na queda do treinador.

Zé Pequeno: o Príncipe do Futebol Sergipano

  Por Davi Tenório Zé Pequeno, o Príncipe do Futebol Sergipano. 1967. No dia 13 de julho de 2023 o futebol sergipano perdeu um dos seus ...