sábado, 7 de novembro de 2020

É GOL DE RICARDO! QUE FELICIDADE! RICARDO É A ALEGRIA DA CIDADE!

 



Por Gustavo Tenório

Particularmente, tenho maior apreço pelos jogadores que usam apelidos como nome profissional no futebol. Apelidos como Garrincha, Pelé, Tostão, Canhoteiro, Careca (que era cabeludo), Zico, Dinho, Zinho, Zito, Esquerdinha, Dão dentre outros. Mesmo aqueles que usam o diminutivo ou aumentativo de seus nomes, como Ronaldinho e Fernandão. Mas há uma classe de jogadores que ganhavam uma alcunha que fala muito sobre a sua característica de jogo ou o que representava para a torcida. Designações como “Horácio, o tanque da serra”, “Gérson, o canhotinha de ouro” e “Maradona, el pibe de oro”. Mas há um deles que ganhou uma alcunha que melhor representa a emoção do futebol. Trata-se de Ricardo, a alegria da cidade!



sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O REI PEDE PASSAGEM EM ARACAJU: 80 anos de Pelé e as lembranças dos jogos em Aracaju

 Por Gustavo Tenório

Neste 23 de outubro de 2020, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, completa seus oitenta anos de idade. Uma trajetória futebolística impecável com seus 1283 gols e uma vasta coleção de títulos, entre campeonatos paulistas, campeonatos nacionais e três Copas do Mundo. É tido por muitos como o maior jogador de todos os tempos. É, sem dúvida, o jogador mais emblemático e ovacionado que o Brasil já produziu em sua história.

 

O Rei Pelé com os craques Tomaz Cabecinha de Ouro e Luiz Manoel e uma criança com a camisa do Santa Cruz de Estância. (Foto: Acervo da Família do Tomaz. Colorizada por Davi Tenório)

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Um papo com o Almanaque: entrevista com o goleiro Marcão

 

A História Rubra é escrita de forma constante e ininterrupta. Nem sempre nos tocamos quanto às peculiaridades do momento atual. Sem sombras de dúvidas, o ano de 2020 já está marcado como um dos mais desafiantes da história humana. Quando observamos o mundo esportivo, notam-se os casos de inúmeros atletas e demais profissionais que se arriscam em meio às incertezas e adversidades desse contexto. Já quando analisamos o que se passou no Club Sportivo Sergipe neste ano atípico, recordamos com orgulho a força que o Mais Querido apresentou para remar em águas revoltas e ultrapassar gigantes desafios. Não poderíamos, assim, deixar de registrar mais um capítulo da epopeia rubra. Não falaremos agora de títulos, mas de uma etapa de um processo de reinvenção do nosso clube diante de inúmeros obstáculos. Há muito que melhorar, mas neste capítulo inicial provamos que o Sergipe nunca estará abatido. 

 Por Davi Tenório

Foto: Wendell Rezende/O Mandacaru


Sendo assim, nós do Almanaque do Gipão aproveitamos para conversar um pouco com o capitão dessa equipe que enfrentou um dos maiores desafios da História Rubra, o goleiro Marcão. Após uma marcante passagem no ano de 2012, quando operou verdadeiros milagres na arrancada que nos livrou de uma tragédia no estadual, o nosso paredão voltou a vestir a camisa rubra para ser um dos líderes em um momento de reconstrução do Mais Querido. Diante das maiores adversidades, o nosso capitão jamais abriu mão do nosso clube. Além de grandes atuações que o consagraram como Craque do Campeonato, Marcão demonstrou espírito de liderança e de união no grupo. Conheça agora um pouco dessa história. 

sexta-feira, 24 de julho de 2020

JOÃO HORA: O HOMEM E O SEU TEMPO


 Por Gustavo Tenório

Os históricos dirigentes rubros, João Hora de Oliveira, à esquerda, e Zoroastro Rodrigues, à direita, erguendo a mais cobiçada taça da história do futebol sergipano: a Dinhô Melo. (Foto Acervo da Família Hora / Colorização: Davi Tenório - Almanaque do Gipão).


Ao longo da história centenária do Club Sportivo Sergipe, um dos nomes que mais reluzem no imaginário da torcida rubra sem dúvida é o de João Hora de Oliveira. Sergipano, nascido em Riachão do Dantas em 22 de dezembro de 1906 (quase três anos antes do seu clube de coração), João Hora foi um importante comerciante do ramo de confecções. Foi proprietário de uma famosa loja localizada na rua João Pessoa, no centro de Aracaju, chamada “A Moda”. Outro fato curioso da vida do ex-presidente é que o primeiro prédio comercial construído na capital sergipana, o edifício Mayara, inaugurado no ano de 1951, foi um empreendimento seu, sendo ele, assim, um dos pioneiros da construção civil no estado – inclusive, o edifício ainda existe e pode ser encontrado no cruzamento das ruas João Pessoa e Laranjeiras. Ele foi, sem dúvida, um dos maiores empresários sergipanos de sua época. Além de seus empreendimentos sociais e empresariais, teve também participação na fundação da extinta Associação Atlética de Sergipe, clube social que fez parte da história de Aracaju. No entanto, foi pelo Club Sportivo Sergipe que seu coração pulsou mais forte e sua vida se viu mais atrelada.

sábado, 18 de julho de 2020

Talento Rubro: César


Dando sequência a nossa série sobre craques que marcaram época com o manto rubro, retornaremos aos anos 1960, desta vez para contar a história de uma jovem revelação, com talento no sangue e maestria nos pés, que estourou logo de cara no futebol sergipano: Luís César Dantas Nascimento, ou simplesmente “César”.

Por Davi Tenório

A jovem revelação César com a camisa do Sergipe no ano de 1965.

sábado, 4 de julho de 2020

DA FUNDIÇÃO AO ARIBÉ: o início da construção do Estádio João Hora

(Gazeta de Sergipe, ed. 13/07/1963)
Por Davi Tenório  

Ao longo de seis décadas, a Rua da Frente, hoje avenida Ivo do Prado, foi um relevante ponto de desportistas aracajuanos. Era então um hábito constante a presença de atletas a beira do Rio Sergipe que praticavam remo em suas águas, assim como jogadores de futebol dando voltas pelos quarteirões em treinos físicos e até mesmo maratonistas que se preparavam para as seletivas da São Silvestre. Isso ocorria devido à localização das sedes das veteranas agremiações Cotinguiba e Sergipe, que foram erguidas no final do logradouro. Os dois clubes eram verdadeiros marcos urbanísticos do antigo bairro da Fundição, hoje conhecido como São José. Os finais de semana tornavam-se agitados com as competições realizadas pelas duas agremiações, além dos saudosos bailes de Carnaval.
A histórica sede do Club Sportivo Sergipe na Rua da Frente (Acervo Dida Araújo).

segunda-feira, 18 de maio de 2020

ÍDOLOS DO PASSADO: ELENILSON

Dando sequência à sessão de entrevistas com personagens fundamentais para a História do Mais Querido, o Almanaque do Gipão bateu um papo com Elenilson, um dos maiores meias do futebol sergipano, detentor de um currículo invejável: 9 títulos sergipanos na carreira, sendo 5 como jogador. O nosso ídolo, filho do grande desportista e ex-jogador do Sergipe Oswaldo Alemão, relembra seus dias no Mundão do João Hora, as conquistas do hexacampeonato e a difícil carreira de treinador. 

Elenilson ergue a Taça de Campeão Sergipano de 1991 no meio da massa colorada (Foto: Gazeta de Sergipe)

AG - Como iniciou sua vida nos gramados?
Elenilson - Como todo garoto que sonha em ser jogador profissional, comecei numa escolinha chamada 21 de Abril do saudoso Major Naldo. Posteriormente, joguei nas categorias de base do Cotinguiba com o prof. Hélio Pacheco. No ano seguinte houve uma troca entre 2 jogadores dos amadores do Cotinguiba e do Sergipe, sendo levado por este último.

domingo, 10 de maio de 2020

ÍDOLOS DO PASSADO: DELMAR

Como forma de resgatar os feitos rubros do passado e aproximar a memória de quem tanto fez pelo clube com o presente, inauguramos a sessão de entrevistas com personagens fundamentais para a História do Mais Querido. Iniciamos a série de entrevistas com o craque Delmar. Nascido em Aracaju no dia 9 de agosto de 1934, aos 85 anos e em ótima forma, o nosso ídolo relembra a grande conquista da Taça Dinho Melo, o futebol da sua época e como era ser um ala ofensivo nos anos 1960, algo então inovador.


Um grande escrete colorado do início da década de 1960. Em pé: Brasilino, Delmar, Gilton, Edgar, Jorge e Madureira. Agachados: Nilson Barros, Jorgival, Luiz Manuel, Niltinho e Bel.

AG - Como começou a carreira futebolística? 
Delmar - Eu jogava bola na Baixa Fria, onde hoje é o IFS, tud oali era campo. Um dia, no ano de1957, um jogador e observador de talentos chamado Naldo me viu jogar e me levou para o Olímpico,o Leão da Caserna. Lá, fui treinado pelo Wellington Elias, o diabinho, que me colocou como extremo esquerda, mesmo sendo destro. Na estreia fiz um gol contra o Vasco. Em seguida, Wellington se afastou da vida de técnico,assumindo o lugar o João Gomes que me colocou como zagueiro direito, hoje em dia ala. 

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Arquibancada: substantivo feminino

Nas arquibancadas do Batistão, é possível identificar uma bandeira peculiar, que registra uma torcedora colorada solitária, em meio a várias bandeiras hasteadas por homens. Com os dizeres "Comando Feminino", a bandeira chama a atenção tanto quanto a presença de mulheres na bateria da Torcida Esquadrão Colorado (TEC). Função tradicionalmente exercida por homens, tocar na bateria é um cargo de luxo, e muitas torcidas organizadas ainda proíbem mulheres nesse posto. O Comando Feminino conquistou esse e outros espaços na maior torcida organizada do time sergipano.
Por Beatriz Barreto 

(Reprodução: Facebook)

Sabemos que poucos universos são tão excludentes quanto o do futebol. Apesar de proclamado “esporte do povo”, o futebol ainda carrega suas raízes extremamente machista, homofóbica e elitista. Nesse contexto, aqueles que têm sido, historicamente, excluídos do símbolo nacional, procuram brechas nessa estrutura já tão consolidada. Subtraídas em todos os níveis, as mulheres têm buscado alguma equidade em campo, e as torcidas organizadas femininas são um exemplo disso, tornando-se uma nova tendência em diversos times do país.

Manifestação das torcedoras do Comando Feminino da TEC
 em um Clássico de 2020 ( Reprodução Facebook)

terça-feira, 21 de abril de 2020

Para ler na Quarentena: Almanaque do Gipão 2ª Edição [GRATUITO]

A saudade da bola rolando nos gramados cresce a cada dia durante a grave crise sanitária pela qual o mundo passa. Pensando nisso, nós do Almanaque do Gipão resolvemos disponibilizar gratuitamente a 2ª Edição da nossa Revista/Fanzine para download em nossso blog! 

A leitura é uma ferramenta fundamental nesse período tão incomum e dificultoso para muitos, é, por exemplo, uma boa aliada contra a ansiedade. Aliás, podemos aproveitar o momento para criarmos novos hábitos ou aprimorá-los. Sendo assim, aproveite a oportunidade para conhecer um pouco desse nosso trabalho e, principalmente, inteirar-se sobre a História e a Cultura Colorada! 

Nesta edição, contamos um pouco sobre as primeiras conquistas que nos levaram ao hexacampeonato sergipano na década de 1990. Aproveitamos para contar a história de personagens relevantes do período como o artilheiro Rocha, o professor Geraldão e o meia Elenilson, que bateu um papo descontraído com a nossa equipe. Não poderíamos deixar de abordar o nosso mais valoroso patrimônio, a massa colorada, em uma matéria exclusiva com a principal torcida feminina do Sergipe e uma crônica sobre a força popular do Gigante Rubro. 


 Todas as matérias foram baseadas em farta pesquisa em acervos públicos como o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, a Universidade Federal de Sergipe e a Biblioteca Nacional. Também contamos com os relatos ouvidos em entrevistas com personagens testemunhas dos fatos narrados.





sábado, 21 de março de 2020

A responsabilidade rubra e o seu legado


Por Davi Tenório

Após a paralisação do campeonato sergipano, a Nação Colorada foi surpreendida na noite passada com a notícia do encerramento dos contratos dos seus jogadores e da sua comissão técnica. É impossível encontrar algum torcedor que não esteja cabisbaixo com essa situação, mas esse é apenas um dos sinais da fragilidade do mundo em que vivemos, o qual sempre nos alertou do tamanho das nossas responsabilidades.

Reprodução: Instagram @cssergipe

Há de se lembrar que não se trata da primeira paralisação da história da competição, nem mesmo a “retirada” do Club é algo inédito¹. Acontece que uma instituição centenária, pioneira na formação da cultura esportiva em nosso estado, mais do que se prejudicar financeiramente, não poderia arriscar o seu legado diante de uma grave crise global. O Gigante que ensinou a todos os sergipanos o valor do esporte, ao introduzir e disseminar tal prática, não deveria expor a sua gente ao perigo desta presente pandemia. Portanto, uma atitude mais do que sensata da diretoria.

É preciso destacar também que esta curta temporada mostrou a força e o peso desse manto. Mesmo com toda a turbulência, calamos, novamente, as mais débeis afirmações daqueles que cravaram a nossa queda. Quem tem o privilégio de ser colorado será sempre invejado por aqueles que surgiram vislumbrando a nossa história já consagrada nesta terra. 

Por fim, a união dos atletas e da comissão que nos alçaram à luta pela taça – com grandes chances de ter sido mais uma dentre trinta e cinco do nosso Memorial – será sempre lembrada e aplaudida por nossa torcida. O Club Sportivo Sergipe é imenso e nunca esteve alheio ao que ocorre ao seu redor, várias crises já foram vivenciadas e ultrapassadas. Sendo assim, novas histórias continuarão sendo escritas. Viva o Mais Querido!   

Zé Pequeno: o Príncipe do Futebol Sergipano

  Por Davi Tenório Zé Pequeno, o Príncipe do Futebol Sergipano. 1967. No dia 13 de julho de 2023 o futebol sergipano perdeu um dos seus ...