quinta-feira, 31 de maio de 2018

HENÁGIO, O CRAQUE ETERNO


Por Gustavo Tenório.

Sabe aquele grande jogador que a sua idade não lhe permitiu ver em campo? Aquele que se origina de uma pergunta natural a ser feita a seu pai: “qual foi o maior jogador que o senhor viu jogar?”. Meu velho nasceu em 1964, num pequeno povoado de Japoatã chamado Poxim. Aos 11 anos de idade, mudou-se para Aracaju, em 1976, às vésperas dos seus 12 anos. Morou ora no Getúlio Vargas, ora no Siqueira Campos. Desde os tempos de roça acompanhava o Gipão no bom e velho radinho, essa invenção que conectou o Brasil aos Brasis profundos, muitos deles esquecidos.

Meu pai chegou ao Batistão em tempos em que o nosso rival se sagrou campeão, sendo sucedido por uma sequência fatigante de títulos do Itabaiana. Era o final da década de 1970. O Itabaiana conquistou um penta campeonato ininterrupto de 1978 a 1982 (dividindo este último conosco), dois deles sobre o Vermelhinho. O cenário não era nada bom. “Havia um centroavante muito bom no Gipão: Dão! Mas não conseguiu conquistar nada com o Sergipe”, costuma me dizer num tom frustrado.

sábado, 26 de maio de 2018

HÁ 5 ANOS O SERGIPE CONQUISTAVA SEU 33º CAMPEONATO SERGIPANO DIANTE DO RIVER PLATE DE CARMÓPOLIS EM UMA FINAL ÉPICA.

Por Davi Tenório

9 anos, 9 meses e 16 dias. O martírio da torcida colorada não parecia acabar. 180 minutos que poderiam dar fim a uma das páginas mais angustiantes da história rubra. O clube mais tradicional do futebol sergipano enfrentava um longo jejum de títulos, o qual foi interrompido de forma dramática aos 45 minutos do segundo tempo pelos pés de Carlinhos.
O torcedor colorado que acompanhou ao longo da década de 1990 a conquista do hexa e as campanhas de destaque na Série B não poderia imaginar o declínio do futebol sergipano e do clube mais tradicional do estado na década seguinte. Infelizmente, o Sergipe não havia se atualizado conforme o esporte mais popular do mundo ganhava novas roupagens. Consequentemente, o alvirrubro realizou pífias campanhas ao longo da década de 2000, as quais culminaram no longo jejum só interrompido no ano de 2013.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

VIVA O DIABINHO! VIVA WELLINGTON ELIAS!


Por Gustavo Tenório.

Neste 21 de maio de 2018, um dos maiores cronistas da história do jornalismo sergipano celebra seus 91 anos de idade. Ilustre torcedor rubro, conhecido pelo apelido “Diabinho”, Wellington Elias da Paixão merece o nosso carinho e os votos de muita saúde e de imensa alegria nesta data. Sua escrita elegante e sua sensibilidade intelectual fez e continua fazendo escola junto aos cronistas do estado – inclusive a este que vos fala! Mas suas crônicas vão muito além do esporte. Foi muito famoso um quadro, nas décadas de 1950 e 1960, chamado “Uma crônica para você!”, em que os mais prestigiados radialistas sergipanos liam os belíssimos textos do Sr. Wellington. Aliás, uma vez ao ser perguntado sobre qual voz que mais gostava que lesse suas crônicas na “radja”, o Diabinho, sem titubear, confessou: “Reinaldo Moura. Ele tem um belo timbre”, disse-me com uma expressão nostálgica em sua face.

sábado, 19 de maio de 2018

QUEREMOS OBINA!


Foto: José Maria/Bruno Cerqueira
Por Gustavo Tenório.

O nome dele é Obina. Nome de batismo. Batismo rubro, lógico! Um ritual centenário que acontece no Batistão. Ei-lo com o seu manto rubro a encantar a fiel torcida do Gipão!
No jogo contra a equipe do Central de Caruaru, nesta tarde de sábado, dia 19 de maio, pela penúltima rodada da fase de grupos do Brasileirão Serie D 2018, o garoto, que é cria da Base do Sergipe, encantou a massa rubra. É verdade que não foi sua primeira atuação, nem a primeira vez que nos encheu os olhos. Mas nessa partida deu gosto de vê-lo jogar!

quinta-feira, 17 de maio de 2018

A incrível goleada de 8 a 4 diante do Vitória

Manchete do jornal Folha da Manhã um dia após o jogo.

                                                                                             Por Milton Filho.

 Muitas goleadas (recentes) marcaram a história do Club Sportivo Sergipe e a memória do torcedor colorado. Algumas delas porém, aconteceram muito antes do alcance que tem a memória dos rubros torcedores de longa data. Entre elas, um primoroso 8 a 4 em cima do Esporte Clube Vitória no ano de 1942. Numa excursão do time baiano ao estado sergipano, somente o Gipão foi capaz de vencê-los, justo no jogo da despedida.

domingo, 13 de maio de 2018

Ganhar, empatar e... perder. Fazer o quê?



Por Gustavo Tenório.


Perder é algo ruim. Óbvio. Em meus devaneios futebolísticos fico fantasiando um Sergipe invencível. Pelo menos por uma temporada ou, até mesmo, em um campeonato apenas. Não perderíamos. O pior que nos aconteceria seria um empate xoxo por 0x0 ou um frustrante 1x1 – com o adversário empatando naquele minuto final dos acréscimos.

Perder é realmente um saco. Se eu pudesse... o Gipão não perderia nunca. Contrataria o Messi, o Cristiano, uma zaga italiana, um treinador retranqueiro e um goleiro intransponível. Ou talvez algum bruxo que encantasse a bola a nosso favor. Seria no dia em que o Bill Gates morresse e o mundo, imediatamente, descobriria que o seu único herdeiro sou eu. Imaginem só!

Perdemos. A derrota tem sempre um gosto amargo. Não jogamos bem. O ataque não funcionou, como tampouco a defesa. Até eu não torci direito – isso depois de alguns copos de cerveja e algumas tiras de carne de churrasco. Estávamos todos num péssimo astral. O jogo às 15:00 horas, sob um sol escaldante, entre o agreste e o sertão baiano, não é mole. Queria pôr a culpa na camisa errada que eu estava usando, mas lembrei que não acredito mais em superstições.

O time perdeu. Foi a primeira derrota no campeonato. Estávamos invictos até o momento. Foram duas vitórias e um empate. Agora uma derrota. Apenas uma. O domingo parece que anoitece sempre mais tedioso quando o Sergipe perde. Para recordar: Jacuipense é o nome do time que jogou água no meu chopp. Time desagradável. Só porque o vencemos na rodada anterior? Por que tanto rancor?

Perder faz parte. Para o meu consolo, o Barcelona perdeu hoje para um tal de Levante. Perdeu não só o jogo como a invencibilidade no campeonato. Se até nós perdemos, por que não eles também!? Enfim, bola pra frente. Avante, Rubro!

Zé Pequeno: o Príncipe do Futebol Sergipano

  Por Davi Tenório Zé Pequeno, o Príncipe do Futebol Sergipano. 1967. No dia 13 de julho de 2023 o futebol sergipano perdeu um dos seus ...