Por Davi Tenório
No mês que comemoramos o “cinquentanos”
do Batistão, o Almanaque do Gipão inicia uma série de postagens sobre a
história do Colosso da Praia e sua relação com o Club do Povo. Nosso pontapé
inicial é dado com uma breve história sobre o palco antecessor ao Templo Maior
do futebol sergipano, erguido e demolido no mesmo local do estádio
aniversariante.
O grande público que encheu o estádio para acompanhar a partida entre o Sergipe e o Vasco da Gama-RJ |
A cidade de Aracaju é uma verdadeira
metamorfose geográfica. Há atualmente poucos resquícios dos vastos mangues,
restingas e dunas que dominavam a paisagem da cidade. O aracajuano mais jovem
que passa pela avenida Pedro Valadares não imagina que há três décadas o
pequeno mangue do Tramandaí se estendia pela vasta área dominada pelos
condomínios nobres da região, que despejam seus esgotos na espremida área de
preservação ambiental. Esse mesmo jovem também mal sabe que a poucos
metros, havia uma área predominada por dunas e restingas, na qual era comum
encontrar uma pequeno arbusto que batizava a região conhecida como Gragerú. Tão pouco os mais velhos recordam que em Aracaju, há mais de cinco décadas, era preciso passar pela antiga rua do “Caga em Pé”
(atual Campo do Brito)[1], atentos ao caminho repleto de Cansanção, para chegar ao principal estádio de futebol. No entanto, não havia nada parecido com o atual estádio, nem mesmo o seu nome. Tratava-se do Estádio de Aracaju.