Seu
nome é Aylton e seus sobrenomes 'Naninho' e 'Zé Pequeno'". O Almanaque do Gipão
tem a honra de apresentar toda a classe e a elegância de um dos maiores
jogadores do futebol sergipano: Aylton Rocha. Nascido em Abreu e Lima – PE, no
dia 03 de Agosto de 1939, Aylton Rocha de Souza foi um grande cabeça de área
que encantou os torcedores pelos gramados de Pernambuco, Alagoas, Bahia e
Sergipe. Justamente pelo Mais Querido que o craque, dono da camisa número
quatro e da faixa de capitão, tornou-se um dos principais nomes do nosso
futebol, seja por ter formado o lendário trio de meio de campo com Naninho e Zé
Pequeno, seja pelo tricampeonato conquistado com o manto rubro. Além disso,
Aylton Rocha desempenhou grandes trabalhos como técnico de futebol em nosso estado,
terra essa em que se apaixonou e até hoje vive com seus 81 anos bem vividos.
(Foto: Gazeta de Sergipe) |
AG - Como começou a carreira
futebolística?
Aylton - A minha carreira começou em Abreu
e Lima – PE jogando pelo Vera Cruz. Em seguida passei para o América de Recife,
disputando o campeonato pernambucano no time profissional tendo como treinador
o seu Dequinha.
AG - Como ocorreu sua ida ao Sergipe?
Aylton - Após passagens pelo América-PE,
CSA e Bahia, onde tive um desentendimento, o seu Dequinha me trouxe para Aracaju,
onde tive a honra de jogar pelo Sergipe e ser tricampeão. Fui eleito como
melhor jogador da minha posição nesses anos. Isso fez com que eu fi casse em
Aracaju até hoje.
AG - Qual foi o seu momento mais
marcante pelo Sergipe? 9
Aylton - O tricampeonato (1970, 1971 e
1972). Naquela época era algo fantástico ser tricampeão sergipano. Foi muito
bom.
Sergipe campeão sergipano de 1970. Aylton Rocha é o último em pé, da esquerda para a direita. (Foto: Acervo Almanaque do Gipão). |
AG - Como era jogar ao lado de Naninho
e Zé Pequeno?
Aylton - Era bom demais, pois eram dois
craques do meu lado, né. Eu fazia parte do movimento durante os jogos, a gente
já se conhecia pelo entrosamento. Não tinha problema quando a gente estava com
a bola, não dava pra ninguém. O trio do meio de campo do Sergipe que levava sempre
vantagem, porque eram três jogadores que sabiam o que fazer quando estavam com
a bola.
AG - Como era a sua relação com o
técnico Dequinha?
Aylton - Era sensacional. Inclusive, foi
ele quem me lançou como joga[1]dor
profissional lá em Recife. O respeito era fantástico. Ele que foi um baita de
um jogador que fazia o que queria com a bola. Eu pude aprender muita coisa com
ele e colocava em prática dentro de campo. Além de ser meu treinador era uma
pessoa com quem tinha muita amizade.
AG - Qual foi o maior jogador
sergipano do seu tempo?
Aylton - Na minha época havia muitos
jogadores bons, no Sergipe havia Cipó, Naninho e Zé Pequeno. No Confiança e no
Itabaiana também. Era difícil considerar um melhor porque eram todos jogadores
de alta qualidade, naquele tempo não tinha a facilidade que tem hoje de os
empresários levarem jogadores pro sul ou para Europa. Se fosse naquele tempo
nenhum jogador teria ficado aqui.
AG- Quais as suas lembranças da
inauguração do Estádio João Hora?
Aylton - A lembrança é boa, pois eu pude
participar da inauguração, muita gente no campo, mas o resultado não foi
positivo. O resultado do jogo não era tão obrigatório, pois era um amistoso,
mas sempre entrávamos para ganhar.
Aylton Rocha nos dias atuais. (Foto: Acervo Familiar). |
Entrevista originalmente publicada na revista/fanzine Almanaque do Gipão Edição Especial 50 Anos do Estádio João Hora de Olivera.
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