terça-feira, 3 de agosto de 2021

ÍDOLOS DO PASSADO: AYLTON ROCHA

Seu nome é Aylton e seus sobrenomes 'Naninho' e 'Zé Pequeno'". O Almanaque do Gipão tem a honra de apresentar toda a classe e a elegância de um dos maiores jogadores do futebol sergipano: Aylton Rocha. Nascido em Abreu e Lima – PE, no dia 03 de Agosto de 1939, Aylton Rocha de Souza foi um grande cabeça de área que encantou os torcedores pelos gramados de Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe. Justamente pelo Mais Querido que o craque, dono da camisa número quatro e da faixa de capitão, tornou-se um dos principais nomes do nosso futebol, seja por ter formado o lendário trio de meio de campo com Naninho e Zé Pequeno, seja pelo tricampeonato conquistado com o manto rubro. Além disso, Aylton Rocha desempenhou grandes trabalhos como técnico de futebol em nosso estado, terra essa em que se apaixonou e até hoje vive com seus 81 anos bem vividos.

(Foto: Gazeta de Sergipe)


AG - Como começou a carreira futebolística?

Aylton - A minha carreira começou em Abreu e Lima – PE jogando pelo Vera Cruz. Em seguida passei para o América de Recife, disputando o campeonato pernambucano no time profissional tendo como treinador o seu Dequinha.

AG - Como ocorreu sua ida ao Sergipe?

Aylton - Após passagens pelo América-PE, CSA e Bahia, onde tive um desentendimento, o seu Dequinha me trouxe para Aracaju, onde tive a honra de jogar pelo Sergipe e ser tricampeão. Fui eleito como melhor jogador da minha posição nesses anos. Isso fez com que eu fi casse em Aracaju até hoje.

AG - Qual foi o seu momento mais marcante pelo Sergipe? 9

Aylton - O tricampeonato (1970, 1971 e 1972). Naquela época era algo fantástico ser tricampeão sergipano. Foi muito bom.


Sergipe campeão sergipano de 1970. Aylton Rocha é o último em pé, da esquerda para a direita. (Foto: Acervo Almanaque do Gipão).  

AG - Como era jogar ao lado de Naninho e Zé Pequeno?

Aylton - Era bom demais, pois eram dois craques do meu lado, né. Eu fazia parte do movimento durante os jogos, a gente já se conhecia pelo entrosamento. Não tinha problema quando a gente estava com a bola, não dava pra ninguém. O trio do meio de campo do Sergipe que levava sempre vantagem, porque eram três jogadores que sabiam o que fazer quando estavam com a bola.

AG - Como era a sua relação com o técnico Dequinha?

Aylton - Era sensacional. Inclusive, foi ele quem me lançou como joga[1]dor profissional lá em Recife. O respeito era fantástico. Ele que foi um baita de um jogador que fazia o que queria com a bola. Eu pude aprender muita coisa com ele e colocava em prática dentro de campo. Além de ser meu treinador era uma pessoa com quem tinha muita amizade.

AG - Qual foi o maior jogador sergipano do seu tempo?

Aylton - Na minha época havia muitos jogadores bons, no Sergipe havia Cipó, Naninho e Zé Pequeno. No Confiança e no Itabaiana também. Era difícil considerar um melhor porque eram todos jogadores de alta qualidade, naquele tempo não tinha a facilidade que tem hoje de os empresários levarem jogadores pro sul ou para Europa. Se fosse naquele tempo nenhum jogador teria ficado aqui.

AG- Quais as suas lembranças da inauguração do Estádio João Hora?

Aylton - A lembrança é boa, pois eu pude participar da inauguração, muita gente no campo, mas o resultado não foi positivo. O resultado do jogo não era tão obrigatório, pois era um amistoso, mas sempre entrávamos para ganhar.


Aylton Rocha nos dias atuais. (Foto: Acervo Familiar).


Entrevista originalmente publicada na revista/fanzine Almanaque do Gipão Edição Especial 50 Anos do Estádio João Hora de Olivera. 


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