Por Gustavo Tenório
Da
Rua da Frente para o Aribé. O Club Sportivo Sergipe, como bem sabemos, nasceu
diante do rio que lhe deu o nome – bem como ao estado. A razão foi prática:
nossa cancha primeira foram as águas do Rio dos Siris, onde a Nereida singrava
em pelejas náuticas contra o Esporte Clube Cotinguiba. Hoje nossa casa está
mais a oeste.
O Campeão do Povo |
Na
década de 1970, mudamos para os braços do povo, onde as ruas e as avenidas nos fazem
recordar das aulas de geografia brasileira. Fomos para a Avenida Rio de Janeiro,
no Siqueira Campos, o eterno Aribé. A transação imobiliária de nossa sede na
Rua da Frente se fez bastante obscura. O valor não se sabe com precisão. O
destino do dinheiro, tampouco. Um mistério digno de investigação e de relato
pormenorizado num livro. “A lenda do tesouro perdido”, se me permitem o clichê.
Guardada
a polêmica da venda da sede, fincar as nossas raízes no Siqueira foi um grande
presente do destino. Ou melhor, do Sr. João Hora de Oliveira. Estar mais
próximo da massa e tê-la assídua no João Hora foi um grande trunfo para
obtermos tamanho número de torcedores. E, daí, nossas raízes se irradiaram para
toda a cidade.
Em
cada rua de Ará, há um colorado. Mas todas as ruas, todas as avenidas, dão no
Mundão do Siqueira. É lá o delta da nação colorada. É a casa, o ninho, o
quartel general. É onde ficamos mais perto de nossos ídolos. É onde nascem os
grandes heróis: Henágio, Ricardo, Elenilson, Lêniton, Joãozinho, Thiego, outros
e tantos outros eternos.
E
quem ergueu a nossa casa fomos nós mesmos. Levamos pedras, cimento e nossas
mãos, hoje marcadas em um dos muros do estádio, mas sempre presentes durante
toda a história e para o sempre. O Sergipe é do povo e para o povo. E como
diria o grande Diabinho, “o Sergipe é do povão”!
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