Por Davi Tenório
Uma instituição que atravessa
110 anos exercendo relevante papel sócio-cultural jamais morrerá. Há mais de um
século, o Club Sportivo Sergipe presencia as diversas manifestações do
cotidiano do nosso estado, seja na esfera esportiva, na social, na cultural e
na política. O Sergipe não esteve em uma posição passiva: foi pioneiro e
atuante, moldando-se e ligando-se às novidades e às necessidades de cada período
histórico. Esta característica, mais do que nunca, deve ser posta em ação no
difícil presente, observando e, sobretudo, respeitando os exemplos da sua
grande história.
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(Foto: Davi Tenório) |
Em uma época na qual a pacata
província se deparava com as instigantes novidades vindas de fora, jovens
idealistas sonharam com a implementação de uma cultura social e esportiva vista
nos grandes centros do país, porém com uma identidade genuinamente sergipana. A
princípio, lançaram-se sobre as águas do rio que não só nos banha, mas que batiza
os filhos desta terra. Nesta fase, ainda havia muito caminho a ser percorrido,
além de barreiras a serem ultrapassadas. Uma instituição que almeja ser longeva
e inserida na sociedade precisa se abrir a ela. Assim, esses jovens visionários
cederam aos apelos de um esporte que se popularizava em campos improvisados da
cidade. Já no primeiro contato com o futebol, contamos com a bravura e o
talento de nomes como Roque, atleta negro e simples “contínuo” (o “office-boy”
dos nossos tempos) do Banco do Brasil, que nos honrou não só com o primeiro gol
da História Rubra, mas como nosso primeiro ídolo e artilheiro .